Subiu o sol no horizonte longínquo.
Dias de lembranças sangrentas ficaram para trás.
Nenhum medo pode me petrificar novamente.
Eu estou caminhando pelas fronteiras da minha vida.
Parece que foi difícil,
aguentar enquanto o fogo consumia meu orgulho.
E dentro da minha mente meus instintos gritavam.
Me lembrando do que eu sempre soube.
Mas já era tarde!
A morte pode vir em pedaços,
levando um pouco de cada vez.
Levou minha inocência, quando eu precisava que ela se fosse.
Deixou-me de olhos abertos. Alerta.
Mas eu retornei.
Eu sobrevivi, quando achava que iria cair.
Andei na corda, acima do nada,
e agora que meus pés tocam novamente o chão firme
e eu recomeço a caminhar.
Seria menos doloroso se tivesse você do meu lado.
Deixemos as cinzas para as cinzas.
Vamos olhar adiante, pois nada é eterno.
Veja minha mão estendida para você
Agarre-a enquanto é tempo,
tente esquecer o que deixamos pra trás daqueles muros
Vamos cantar uma canção completamente nova.
Erguemos nossas cabeças pois o horizonte está dourado de novo.
Você sabe o que isso significa.
Não olhe para trás, uma nova vida está diante de nós.
Não seremos para sempre jovens,
mas podemos ser para sempre Nós!
Eu retornei.
Andei desastrado pelos limites da minha consciência.
Até que um dia o horizonte se iluminou.
E minha chance renasceu,
junto com o sol de um novo amanhecer.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Fantasma
Todo aquele Tempo que você passou perseguindo o passado
foi
lavado pelo presente que escorria aos poucos entre seus dedos.
Agora você
busca o que restou do seu futuro perdido,
batendo cinzas, quando poderia estar batendo asas.
Quando você se der conta da mudança
Quando você se der conta da minha ausência.
Talvez você perceba que era feliz demais
que era até difícil acreditar.
Não é como se eu estivesse enterrado no seu coração todo esse tempo.
Buscando me esconder dos seus medos.
Usando minha fragilidade como desculpa para não te amar.
Foi difícil ficar. Apenas permanecer.
Quando você se der conta da mudança.
Quando você se der conta do meu silêncio.
Talvez você entenda que era cega demais
para enxergar meus sorrisos ao seu lado.
Eu tentei te seguir, mas esse caminho não era o meu.
Eu tentei olhar nos seus olhos, mas eles eram vendados para mim.
Eu tentei escutar as batidas desesperadas do seu coração.
Mas meus ouvidos eram surdos ante a sua resistência.
Eu nunca disse que queria algo mais além de você!
As opções são finitas agora.
E me levar com você parece não ser uma delas.
Então eu te seguirei apenas com meus olhos. E talvez seu humor mude um dia.
E eu estarei enterrado no seu coração. Escondido atrás dos seus medos.
Esperando você ter coragem de mudar.
Mas enquanto você perseguir o passado,
eu vou ser apenas uma sombra no seu presente.
e uma memória corrompida no seu futuro.
E se um dia você achar novamente que esta vida não vale a pena viver
Apenas encontre alguém que a faça valer.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Ipês
Vá mais uma vez ao mar.
Ondas te trouxeram até aqui,
mas é hora de voltar.
São sentimentos demais para deixá-los assim.
Abra seus braços para mim, uma última vez.
Sorria verdadeiramente, sem fingir
Não deixe espaços para o talvez.
Pois talvez não haja tempo para agir.
Não é difícil...
Viver pra ser feliz,
ser feliz para viver.
Não é necessário ser poeta,
para poder ver alegria em gotas de chuva,
ou em pétalas caídas de um ipê.
Ver amor nos olhos de quem amamos,
ou tristeza em lágrimas que ainda nem caíram.
É necessário apenas estar aberto à felicidade.
E saber guardar o que ela traz.
Lembranças e sentimentos...
mas o mais importante são os sorrisos verdadeiros.
O sorriso que vai dos lábios aos olhos.
Uma e outra onda já quebraram.
E você continua aqui, ainda...
é hora de voltar.
Mas nem sempre a hora de ir
é a hora em que nós vamos estar.
Vão existir momentos em que vamos apenas ignorar
e saber que o lugar em que devíamos estar,
estará sempre lá,
esperando nossas mãos sujas de areia.
Torcendo para que elas se toquem, e se juntem.
E eu vou me perguntar como você pode me perdoar,
depois do inferno que eu te fiz passar.
Mas quando a onda quebrar, nada vai importar.
Pois vai ser hora de ir.
Mesmo que não seja para ir ao mar.
Ondas te trouxeram até aqui,
mas é hora de voltar.
São sentimentos demais para deixá-los assim.
Abra seus braços para mim, uma última vez.
Sorria verdadeiramente, sem fingir
Não deixe espaços para o talvez.
Pois talvez não haja tempo para agir.
Não é difícil...
Viver pra ser feliz,
ser feliz para viver.
Não é necessário ser poeta,
para poder ver alegria em gotas de chuva,
ou em pétalas caídas de um ipê.
Ver amor nos olhos de quem amamos,
ou tristeza em lágrimas que ainda nem caíram.
É necessário apenas estar aberto à felicidade.
E saber guardar o que ela traz.
Lembranças e sentimentos...
mas o mais importante são os sorrisos verdadeiros.
O sorriso que vai dos lábios aos olhos.
Uma e outra onda já quebraram.
E você continua aqui, ainda...
é hora de voltar.
Mas nem sempre a hora de ir
é a hora em que nós vamos estar.
Vão existir momentos em que vamos apenas ignorar
e saber que o lugar em que devíamos estar,
estará sempre lá,
esperando nossas mãos sujas de areia.
Torcendo para que elas se toquem, e se juntem.
E eu vou me perguntar como você pode me perdoar,
depois do inferno que eu te fiz passar.
Mas quando a onda quebrar, nada vai importar.
Pois vai ser hora de ir.
Mesmo que não seja para ir ao mar.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Agonia
Eu lavei com lágrimas toda a sujeira que você deixou no meu coração.
Eu batizei com sangue meu amor por você.
O ódio me envelheceu. A dor me ensinou. E só assim eu finalmente criei forças para mergulhar de cabeça nas águas do amor.
Elas estavam escaldantes como lava.
Transbordei de mim.
E ainda hoje, tenho forças pra continuar.
As lágrimas secam, mas as memórias permanecem. E os sentimentos alteram a todos nós.
E o amor ainda é maior.
O amor se provou maior.
Não sou capaz de entender, mas sou capaz de aceitar e aprender que pessoas amam a si mesmas e amam uns aos outros, mas mesmo assim podem ferir e ser feridas, por aqueles que deviam proteger e serem protegidas.
E mesmo assim perdoam. Não porque devem, nem porque querem.
Simplesmente perdoam.
As cicatrizes são fundas demais.
E mesmo assim eu continuo olhando para frente.
Me olhar no espelho e ver uma figura feia por dentro dos meus olhos, é um ato que ficou no passado.
Hoje a roda girou e eu parei por cima.
Minhas lágrimas foram capazes de lavar a sujeira, mas não levaram minha sanidade.
O amor se provou maior, mas não é soberano dentro de mim.
A raiva e o ódio lutam pelo mesmo trono. E ás vezes eu estou prestes a ceder.
Minha mente é um show de horrores,
mas por enquanto eu escolho bancar o mocinho.
Eu batizei com sangue meu amor por você.
O ódio me envelheceu. A dor me ensinou. E só assim eu finalmente criei forças para mergulhar de cabeça nas águas do amor.
Elas estavam escaldantes como lava.
Transbordei de mim.
E ainda hoje, tenho forças pra continuar.
As lágrimas secam, mas as memórias permanecem. E os sentimentos alteram a todos nós.
E o amor ainda é maior.
O amor se provou maior.
Não sou capaz de entender, mas sou capaz de aceitar e aprender que pessoas amam a si mesmas e amam uns aos outros, mas mesmo assim podem ferir e ser feridas, por aqueles que deviam proteger e serem protegidas.
E mesmo assim perdoam. Não porque devem, nem porque querem.
Simplesmente perdoam.
As cicatrizes são fundas demais.
E mesmo assim eu continuo olhando para frente.
Me olhar no espelho e ver uma figura feia por dentro dos meus olhos, é um ato que ficou no passado.
Hoje a roda girou e eu parei por cima.
Minhas lágrimas foram capazes de lavar a sujeira, mas não levaram minha sanidade.
O amor se provou maior, mas não é soberano dentro de mim.
A raiva e o ódio lutam pelo mesmo trono. E ás vezes eu estou prestes a ceder.
Minha mente é um show de horrores,
mas por enquanto eu escolho bancar o mocinho.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Dogma
Bem-vindo ao mundo não nascido
Esteja em paz em terras cinzas
Medo criado para sobreviver
Em meio ao caos de mentes livres
Traga-me o sol e suas vidas
Até que seja o suficiente
Até que seus olhos queimem cegos e sua vida seja
dispensável
Só é feliz aquele que conhece a tristeza
Abri meus olhos para a verdade
E vi a luz que se escondia
Abri mão de toda a sua liberdade
Que no fundo apenas me prendia
De mãos dadas com a minha vontade
Entendi sua moral vazia
A sua liberdade apenas me prendia
Noção divina de vida
Escondida atrás da sua bandeira
Minha cultura destruída
Hoje respira à sua maneira
Bem-vindo ao mundo não nascido
Fruto de um dogma perdido
Traga-me o sol e suas vidas
E minha liberdade um dia vendida
domingo, 13 de julho de 2014
Dormir Entre Nuvens
Noite de insônia, madrugada clara.
Gentilmente seu travesseiro vazio
pousa ao meu lado. Frio.
Sinto seu cheiro, seu perfume.
Sua falta.
Não sei do que preciso, além do seu toque
Aqui, agora, sofro noites de insônia
Mas na verdade durmo entre nuvens.
Entre sonhos sem angústias. Entre memórias vivas.
Tempo: tudo o que preciso
Pra gastá-lo com o seu olhar
Pra vivê-lo sem pensar
Pra escrever e contar
Como dormir entre as nuvens
Pode ser melhor do que acordar
Seu travesseiro dorme ao meu lado
Enquanto minhas folhas de caderno são preenchidas
Tentei tomar cuidado com as horas
Mas transformei insônia em poesia
Mais triste do que gostaria
Mais interior do que poderia
Tão sincera quanto queria...
Eu espero poder dormir nesta cama
Depois que eu acordar do sono das nuvens.
Gentilmente seu travesseiro vazio
pousa ao meu lado. Frio.
Sinto seu cheiro, seu perfume.
Sua falta.
Não sei do que preciso, além do seu toque
Aqui, agora, sofro noites de insônia
Mas na verdade durmo entre nuvens.
Entre sonhos sem angústias. Entre memórias vivas.
Tempo: tudo o que preciso
Pra gastá-lo com o seu olhar
Pra vivê-lo sem pensar
Pra escrever e contar
Como dormir entre as nuvens
Pode ser melhor do que acordar
Seu travesseiro dorme ao meu lado
Enquanto minhas folhas de caderno são preenchidas
Tentei tomar cuidado com as horas
Mas transformei insônia em poesia
Mais triste do que gostaria
Mais interior do que poderia
Tão sincera quanto queria...
Eu espero poder dormir nesta cama
Depois que eu acordar do sono das nuvens.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Maio
Me dê sua mão mais uma vez, desta vez pra sempre
Vamos respirar o mesmo ar, dividir as mesmas cores
Entrelaçados como nuvens, como dias de primavera
Te levar pra onde o vento cante pra gente
E quando você se sentir perdida, quando você se sentir
vazia
Chame por mim
Quando você menos perceber, meu nome estará na sua boca
E eu estarei atrás do seu brilho
Seguindo seus passos de dança vermelha
Porque nada é sagrado, quando nada é segredo.
E quando você se sentir perdida, quando você se sentir
vazia
Grite por mim
Quando você menos perceber, minhas mãos estarão em seus
ombros
E eu estarei observando seus olhos
Vendo seu humor mudar em traços vermelhos
Me dê sua mão mais uma vez, desta vez pra sempre
Me deixe correr junto com seus passos, pintando as mesmas
cenas
Seus cabelos vermelhos em meus dedos, como rios de rubi
Te levar pra onde nós possamos cantar nossa própria música
Vamos ser mais do que apenas o nosso efeito colateral
E jurar que somos a cura da nossa aflição,
Nos tornarmos tudo que criamos por dentro
Vamos ser importantes um para o outro e pra mais ninguém
Porque nada é sagrado, quando nada é segredo
Porque todo segredo é sagrado.
segunda-feira, 17 de março de 2014
Garota
Penélope era uma garota doce. Riso fácil, humor leve,
sorriso grande... mas sabia ser mandona e sutilmente amarga quando fosse
preciso.
Penélope amava o sol, amava dias nublados, amava a chuva
escorrendo pelos seus cabelos.
Amava ser querida, amava ser abraçada, amava ser amada.
Penélope era uma garota linda. Ruiva, olhos verdes, leves
sardas nas maçãs do rosto. Era meiga, delicada, decidida! Andava parecendo
dançar, entre passos de nuvens, entre sonhos acordados. Viciada em leitura, em
amores fictícios, fantasias exuberantes, dramas chorões... amava viajar,
fisicamente e mentalmente. Gostava de cheirar seus livros, de ficar observando
as capas dos seus romances preferidos, poderia ficar um bom tempo apenas
olhando uma capa de livro, acariciando com dedos leves e pensando em tudo que
estaria guardado naquelas folhas que aquela capa protegia, apenas para depois
devolver o livro à sua estante, sem ler uma palavra.
Penélope amava si mesma. Amava o tempo que tinha para si
mesma. Adorava pensar em tudo quando estava sozinha, Penélope era uma
sonhadora. Amava o frio e sua criatividade ao frio amava. Um dia frio era seu
melhor dia, mas também sabia se sentir bem nos verões quentes de tardes
escaldantes.
Seu segundo vício era a musica. Era uma garota mais feliz
quando acompanhada de boa música. Sem rótulos, sem gêneros. Penélope sentia a
musica muito mais do que a ouvia.
Penélope era uma garota incomum. Dessas que não se
encontra por aí. E aqui você pensa: “Mas todos dizem isso!”, mas nenhuma outra
frase poderia resumi-la tão bem, apesar de o fato de tentar resumi-la em uma
sentença fosse um desperdício. Penélope merecia mais do que meros resumos. Na falta
do vocabulário correto, preferia o silêncio.
Penélope era uma garota chorona. Chorava de alegria,
chorava de felicidade, chorava de ansiedade, chorava porque queria chorar. As
pessoas diziam que ela tinha herdado da mãe...e ela sabia disso. Ela amava um
colo sincero, um gesto de afeto, um sorriso aberto, por isso fazia de tudo para
que todos ao seu redor se sentissem assim, contagiados com a sua luz própria.
Amava que a fizessem bem, tanto quanto amava fazer bem a
alguém.
Era uma garota com defeitos, sim. Mas defeitos eram
desfeitos, quando depois de feitos ela sorria pedindo perdão. Era madura,
durona, mas as vezes tinha medo do futuro.
Penélope seria o fruto de um grande amor. Mas hoje ainda
é sonho e imaginação de alguém que sonha em ter ela na sua vida um dia.
Porque Penélope era do jeitinho que ele sempre imaginou.
Feliz!
quarta-feira, 5 de março de 2014
Esta Noite
Reconheço
os sons que escuto ao sonhar
De
risos perdidos, flutuando
De
mãos dadas, amando
Sons
que não me deixam acordar
Vozes
de alegria, cantando
Vejo
olhos brilhantes sorrindo
A
pureza e beleza, se unindo
Corações
que continuam se amando
Utopia
de um sono pesado
Mas,
feliz me senti ao acordar
A
brisa doce que me fez relaxar
Não
pode ser só um passado
Reconheço
sua voz me chamando
E
seus olhos me pedido pra ficar
Não
havia outro lugar pra estar
Senão
em seus braços, dançando
Ora,
esta noite não me acorde
Esta
noite deixe-me dormir
Pois
dormindo não me canso de sorrir
E
sorrir me faz ser forte.
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