segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

É guerra

Eis que começa a guerra dos nossos tempos.
Onde os dedos trocaram os gatilhos pelas teclas, movidos pelo ideal de liberdade que nos tenta ser tirada.
Querem nos impor, querem nos barrar, querem nos comandar. 

Acabou!

As montanhas de dinheiro serão queimadas e a verdade que teima em ser escondida, será revelada.
Pois chega a hora do ataque. Milhões lutando, iniciando a revolta.

As batalhas épicas da nossa geração, não são com armas de fogo. Nem espadas e guerreiros sanguinários.
Não são movidas pela ganância, não buscam territórios, riquezas, poder.
Lutamos pela nossa liberdade.
Lutamos pelo nosso ideal.
É a nova Primeira Guerra, travada contra os poderosos.
E a escolha é reagir, ou ser alienado.
Não aceitar, ou engolir o que nos impõem.
É buscar a verdade, escondida pelo véu, ou ser mais um fantoche, vivendo a vida que nos mandam viver.
É lutar, ou ser mais um zumbi infectado pelo vírus da ignorância, vivendo no Mundo do Falso Moralismo, Da "Sociedade Perfeita".
Vivendo sob as mentiras e as cordas que os regem.
É hora de se levantar contra os grilhões dos manipuladores.
Guerreiros anônimos, derrubando os Senhores da Mentira.
   
E se essa guerra nos deixa escolhas, eu escolho lutar.
E você?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Nosso Lugar

Era apenas um lugar.
Distante, frio, penoso.
Um lugar para não estar.
Ao lado do rio, Doloroso.
Cinza no céu, cinza na terra.
Onde por todo o chão
A vida por vida berra.

Mas não mais.

Lembro da chuva caindo.
E os pingos que molhavam seus cabelos.
Por entre as árvores a água fluindo.
E seus olhos refletindo como um espelho
O balé das gotas infindáveis.
Dançando por entre nossas mãos
E nisso os pingos foram hábeis,
Deram-me um motivo, uma razão
pra que ficássemos juntos, abraçados.
Libertando o amor, a paixão.
Mesmo que com apenas um olhar
Transformando todo aquele cinza
Num trecho claro e belo.
Para com você, e apenas você
Eu estar e pra sempre ficar.

Ao lado do rio,
No nosso lugar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Leviatã

Eis que das profundezas ele se levanta.
Para onde nunca mais irá voltar.
O Tempo nos dá os sinais, o Mais Temido despertou do seu longo sono.
Renovando a noção de medo. O demônio do mais profundo Inferno.
Os anjos irão chorar as tristezas dos homens. E compartilharão seus medos.
Pois, quem pode enfrentá-lo, sem que o medo se apodere da sua alma?
Quem pode matá-lo, sem perder a própria vida ao pavor de seus olhos?
Dos mares se levanta a Besta.
Leviatã é seu nome, e do mais escuro mar ele se ergue.
Eis que ele surge.
Temam, homens.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

4

Céu azul, ou nublado, não lembro. Perto do que estava para acontecer, isso não tem a menor importância.
Seus olhos brilhavam, castanho e preto, contrastando à luz do sol.
Eu sonhava com você naquela tarde. Um sonho real, que se realizava bem ali, do meu lado.
E eu...eu tinha lágrimas nos olhos, veja só, e naquele momento me senti um tolo.
Não queria que você me visse assim, frágil, derrotado, rendido ao fracasso. Escondi meu rosto.
Pois mesmo antes de te ter, eu já tinha medo de te perder.
Me escondi de você, mas eu devia saber que você não desiste fácil.
Me lembro perfeitamente do jeito que você se sentou ao meu lado e eu senti seu braço me envolvendo.
Eu me rendi. Toda a minha vergonha foi varrida naquele momento, junto com o medo.
Não sei dizer por quanto tempo ficamos ali, sentados no chão, apenas abraçados e eu me senti feliz. Feliz como havia tempo não me sentia, ou talvez, como nunca havia me sentido.
Eu reuni a coragem e tomei a minha decisão.
E assim, eu (sim Eu) te beijei. Sentado naquele lugar, com lágrimas secas no meu rosto, eu te beijei.
Talvez não tenha sido aquele beijo de cinema, mas não importa. Naquele momento tudo se resumia a apenas eu e você, e à minha maior felicidade.

Desde o começo eu te amei, talvez até mesmo antes, se é que isso é possível.
E os anos só fazem esse amor crescer.
Pra sempre.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Fogos de Artifício

E a contagem regressiva acaba, para tudo virar luzes.
O Tempo para naquele instante e o que era pra ser apenas o nascer de um dia novo, toma proporções muito maiores.
Sente-se o cheiro da pólvora que vem de todos os cantos e a fumaça brinca de ser névoa noite adentro. O Mundo é corrompido por explosões e o céu da meia-noite toma formas e cores que invadem os olhos e brilham. Brilham...
Novas promessas são feitas, enquanto as antigas e não cumpridas são esquecidas.
A palavra Felicidade vem fácil à boca, mas não toca o coração, pois não tem verdade nem amor que a sustentem. Abraços são distribuídos e são realmente abraços apertados, como somente esse dia do ano é capaz de proporcionar, como se todos os outros não valessem realmente a pena demonstrar carinho.

Pede-se amor, pede-se saúde, pede-se riquezas, pede-se descanso.
Mas o perdão é esquecido...

Nesse dia em que todos prometem o que não podem cumprir, e pedem mais do que merecem receber, eu quero apenas que a felicidade me acompanhe, mesmo que de longe em alguns momentos, pois dias nebulosos existem para serem vividos e momentos escuros chegam para serem vencidos.
Mas mesmo em meio às lágrimas o sol nasce para todos. O vento vem pra soprar as mágoas e tristezas, lembrando que pelo amor vale a pena lutar, pela vida vale a pena lutar, por alegrias e momentos felizes vale a pena lutar...
Por você!

Os fogos cessam, o céu volta à noite, e ao longe ainda é possível ouvir-se algumas explosões. O Tempo volta a andar, na verdade ele nunca tinha parado, mas em meio a devaneios, parece-me que ele me concedeu alguns minutos de sobra.

E de um canto qualquer alguém me estende a mão, me dá um abraço apertado, desajeitado: "Feliz Ano Novo!"