segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Salvo


E era eu, um cara sem sorte.
Sem sorte na vida
Sem sorte no amor, sem sorte no jogo.
Brincando de ser feliz.
Sonhando não viver a dor.
Era eu, imaginando o futuro
Os dias inexistentes.
Planejando aquilo que não se planeja.

Era eu, fingindo ser outro.
Era o melancólico
Tentando espalhar alegria.
Era falso.
Mentir dói, mas vicia.
Era eu, mentindo. Viciado na falta de alegria.

Era este eu que você sozinha salvou.

Eu, vivendo o impossível.
Superando qualquer plano.
O novo eu que nunca tinha existido.
O eu que sempre fingi ser.
Hoje, mais real que nunca.
O eu que você tocou no rosto.
E que no meio das lágrimas
Foi o cara mais feliz do mundo.

Só pra você saber que eu nem sempre fui assim.
Que o aquilo que antes era fingido
Hoje é genuíno.

Se hoje eu te olho nos olhos.
E sorrio para você.
Se hoje eu sou feliz sem mentir.
Sem medo de perder.
É porque hoje
Existe este eu somente por você.

O cara sem sorte, sem alegria, brincando com a dor.
Deixou de existir.
Pra se tornar
A pessoa que é feliz, por te ter, e por amar você.

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