terça-feira, 23 de agosto de 2011

Horas Silenciosas


Não consegui dormir.
O sono não é capaz de me dominar.
Apesar do meu maior desejo ser um descanso
para minha mente
Mas esse descanso, eu não consigo ter.
E as minhas horas de silencio, são as mais perturbadoras.

A vida se monta na minha cabeça.
A minha vida, curta ainda, mas que já me apresenta a  um
passado em que, as vezes quero voltar
e muitas vezes quero mudar.
E os pedaços de mim se unem,
Me apresentando o futuro, na perspectiva do presente.

Uma tortura.

Nas horas silenciosas eu me torno pensativo.
O meu maior perigo...
Abusando da imperfeição, jogando o maléfico jogo
Da minha mente, onde meus próprios
Pensamentos buscam me tragar

Eu reagi para mudar. Tive medo da solidão.
Me entreguei. Um ato desesperado, carregado de culpa.
Fui engolido pela névoa espessa,
formada pelas minhas próprias desilusões.
Uma enorme nuvem, com rostos que me
lembravam que eu havia fracassado.
Sussurrando na quietude plena, num pequeno quarto
Em várias madrugadas.
Uma fumaça opressiva,
roubando a respiração da
Minha sanidade.

Os meus olhos, mesmo abertos,
pareciam não enxergar.
As estruturas que ruíram
e as ruínas que viraram pó.
Fragmentos; Lembranças; Sonhos; Promessas; Paixões;
Saudades; Tristezas; Alegrias; Ilusões; Frustrações...
E um único e verdadeiro Amor.

Nesta hora silenciosa,
o som do lápis no papel me faz pensar,
que eu começo a escrever, sem saber como terminar.
Imitando a vida.

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