segunda-feira, 14 de março de 2011

O Escritor

...e ele escreveu:

Um dia me disseram que os sonhos não valem a pena. E eu parei de sonhar.
Comecei a viver apenas por viver, sem motivação sem vontade de ser alguém, ser apenas o Humano que ficou separado do Ser. Eu me entreguei.
Como se a minha vida fosse a vista de uma janela que só me mostra o lado negro e mais profundo do nada. O fim; o sem fim; o precipício; a escuridão; o ápice do medo e da solidão que me tragam de uma forma que eu não consigo, e nunca conseguirei, posso afirmar, escapar. Pelo menos não ileso, nem são, nem a alma, nem o espírito, nem o corpo, nem a mente que habita o barro que é o homem.
Eu me via só, mesmo rodeado de amigos; eu me via triste, quando meu rosto mostrava um sorriso.
Falso!
Eu me via enjaulado, mesmo quando corria nos campos mais verdes e frescos. Preso à mim mesmo, sem poder escapar, sem poder negociar, fazer um acordo, me libertar. EU MESMO me prendia. e de novo, eu me entreguei.

NÃO seja igual a mim. Eu te imploro, seja um sonhador. O que mais nos motiva a viver do que os sonhos? Pra que mais estar aqui senão pra buscar um objetivo; e não, nunca venha me dizer que seus sonhos acabaram pois eles nunca acabarão, não se você não desistir de sonhar.
Deixe de olhar a janela do precipício e olhe para a porta dos sonhos e faça de você uma pessoa que ama sonhar e conseqüentemente ama viver. Pois muitas pessoas gostariam de ter a mesma oportunidade que você. Sonhe!

E depois de ler o que tinha acabado de escrever ele pensou como isso poderia ajudar alguém. O Escritor nunca iria saber. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário