terça-feira, 1 de março de 2011

De Mãos Dadas

E se houve um dia que eu andei pensativo demais pra prestar atenção ao mundo, que a cada segundo respirava esperando o fechar das cortinas?
Se cada vez que ela piscasse os olhos, era como se fosse uma contagem regressiva para mim. Eu sei que poderia ter sido diferente...se eu apenas tivesse prestado mais atenção!
Eu nunca poderia aceitar que um dia ela me olharia daquela forma, com pena e com ódio ao mesmo tempo, apenas esperando que eu me entregasse ao inevitável, pensando em como a vida tinha sido malvada e doce com ela.

A vida, nossa anfitriã nesse mundo em que nem sempre queremos estar.

Ela sempre soube que não seria mais uma. Sempre soube que faria a diferença, mas nunca teve certeza de que forma. Uns diriam que foi da forma mais bela possível, outros te dirão que foi da mais inexplicável. Pois eu te digo: foi da forma mais original e inédita possível. Um pôr-do-sol coroado por um céu estrelado.
Se divaguei nesse breve rascunho me perdoe, mas o ímpeto de contar algo é mais forte do que o meu bom senso, ou vergonha. Algo que aprendi com ela, que me sinto envergonhado e entristecido pois estive pensativo demais para notar que a felicidade estava de mãos dadas comigo.

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