sexta-feira, 9 de abril de 2010

Complexo de Juno

Falsidade ronda a minha vida
Olhos que me olharam com indiferença
Amigos ou vermes, já nem sei.
Não confio em ninguém.

Os vermes estão onde menos esperamos
Uma confiança no nada
Pessoas que juram pela vida e por você...
Não ponho minha mão no fogo
Aos porcos o meu asco!

Quem é você?
Um dia te conheço no outro te desprezo
Suas duas caras são apenas uma:
A cara da derrota!
Será solitário. No fim da sua vida,
Se escondendo em buracos!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Estranho

Nesse banco faço meu lugar
Já me olhei em volta, mas
aonde quer que eu vá, só eu vou estar
Nem aqueles amigos que a inveja traz
Nem eles.

Percebi que aqui eu sou o estranho
Eu sou o recluso em muros
Nem sequer a amizade da formiga eu ganho.
Sou um falante entre mudos.
Ninguém ouve.

Aqui eu sou o não visto
Que as pessoas olham, mas não vêem
Onde nem mau nem bem sou quisto
Ali onde os olhos não encontram ninguém.
Pois bem...

Quem vê sente pena
E eu digo que não passa de um idiota
Pois é assim que minha felicidade é plena
E de mim, nem merecem a resposta
Nem nada.

É por dentro que eu mostro as diferenças.
Sou Shakespeare entre analfabetos
O deus de suas mais íntimas crenças
O unânime entre desafetos
Sou maior.

Sozinho valho quase todos vocês
Carcaças podres de animais vis
E nas minhas palavras não cabe nem um talvez
Não me quiseram amigo, nem eu quis.
Nem eu quis.

Muito obrigado pois
Essa indiferença me faz crescer
E no topo permanecer.