sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Vingue-se

Vingança é a pureza do ódio.
Destilada na mente psicótica do assassino nato.
Todos somos.
Os fracos perdoam e morrem,
os fortes vingam e vivem.
Escolha.


Guilherme.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Se o Tempo Deixar

Estamos mesmo no fim dos tempos.
Eu não. Vocês talvez!
Vocês têm é o medo em suas veias, meus caros, os vermes nos ventres,
as lágrimas nos olhos, a podridão nas mãos
e a vigília melosa nos lábios rachados, minhas irmãs!
Eu, eu tenho a raiva compulsiva destrutiva imaginária,
que beira a insanidade e barra a minha criatividade.
Eu tenho a falta da luz, o horror, a calamidade,
a frieza e a complexidade do amor que nunca existiu.
Eu tenho a pena, a paixão, o caderno e o leitor.
Vocês chamam de vida, eu chamo de publicidade alternativa.
Crio termos e desavenças, mas explico as tais descrenças,
pois eu sou apenas o Humano que pretende ser o Ser.
E meu amigo, não me entenda, senão a graça se vai,
afinal o fim dos tempos trouxe ao tempo o seu fim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sapiens

Sou um animal ereto, mas Animal.
Um instinto de maldade.
Pura realidade.
Aos olhos comuns: Casual
Nem tentem, animais,
Erros da Criação!


Guilherme.

Atores & Astros

Os olhos de criança, maldita.
As mãos de uma mãe, em chamas.
O simples prazer do Ser, o humano era consequência.
Em passos de dança, o motejo.
Numa simples palavra, Desprezo.


Guilherme.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fim à Angústia

então o fim foi o começo de tudo aquilo que lhe causava horror.
De joelhos, sem companhia,
um simples engatilhar o levou para o inferno

todos ouviram e sabiam que o inevitavel havia chego.
Foi uma questão de tempo.
Ele jazia à espera do seu paraíso

seu sangue lhe parecia incolor e sua morte indolor.
Foi facil demais para abandonar sua vida, sua sentença.

então percebeu a maldição que lhe perseguia.
De um mundo cruel foi mandado para uma irrealidade bestial.
Seus urros eram mudos e desesperados

pela primeira vez na vida, ou na morte, ele rezou.
Mas naquele lugar era possivel existir um deus?

percebeu que estava só. Preso no seu pesadelo.
Achou que a morte o salvaria,
mas estava mais condenado ao desespero


Guilherme.

O Eu

vida consumista, vida de escravidão.
Fui criado para ser um desesperado em busca de alegrias fúteis?
Sou pífio e em dor me deito.

E a compaixão que se espera de mim?
Joguei-a fora, no lixo que minha mente nunca colhe.
Ah eu costumava ser bom! Costumava...


Guilherme.

Assassino em Vão

numa mente insana ele foi criado para crer no erro.
Não mensurava a dor que a sua escolha iria lhe causar.
Se ele fizesse a mínima idéia...

mas manteve-se firme no seu propósito.
A aniquilação não lhe parecia algo tão ruim.
Não era para o bem da humanidade afinal?

cuspia sangue como um tuberculoso.
Suas vítimas nem viam seu rosto,
mas sabiam que devia ser o do próprio demonio.

ao final um simples progétil lhe tiraria a porca vida.
No ultimo momento no ultimo suspiro,
ele percebeu que tudo foi em vão.
Chorou, morreu.


Guilherme.